EVP (Employee Value Proposition), ou proposta de valor ao colaborador, consiste em táticas para gerar valor para o colaborador e para organização; ou seja, o valor que as pessoas podem esperar receber da empresa, bem como o valor que se espera que eles contribuam.
É uma proposta que deve comunicar, de maneira clara, quais são os benefícios (financeiros e não-financeiros), as oportunidades, a cultura organizacional, flexibilidade, jornada, o posicionamento das lideranças da organização, a forma como a sua empresa se posiciona frente à sociedade (e sua cadeia de fornecedores) e as recompensas que a ela oferece em uma abordagem centrada no colaborador.
Em outras palavras, o EVP é uma lista de motivos pelos quais os melhores profissionais gostariam de trabalhar na sua organização.
Pontuar e evidenciar essas razões são ótimas alternativas para mostrar aos talentos o porquê eles devem escolher a sua companhia (e não o concorrente) na hora de se inscrever em processos seletivos.
Isso é extremamente importante para a gestão de pessoas, e ficou comprovado através de uma pesquisa recente, em que mais da metade dos recrutadores responderam acreditar que o principal desafio deles é diferenciar sua empresa das demais que atuam no mesmo setor.
Mais do que atrair talentos, o EVP é uma maneira bastante eficaz para reduzir a rotatividade (turnover), aumentar a retenção de bons profissionais e ainda aumentar a produtividade.
Diversas pesquisas têm mostrado que investir em iniciativas e projetos que melhorem a experiência dos colaboradores (e façam eles mais felizes) impacta positivamente nos resultados e no crescimento da empresa.
Isso acontece porque o EVP bem aplicado efetivamente melhora o relacionamento entre empresa empregadora e colaboradores, potencializa o engajamento dos times, incentiva o desenvolvimento profissional e pessoal e ainda aumenta os níveis do que chamamos de “felicidade corporativa”.
Para estruturar uma boa estratégia de EVP e aplicá-la de maneira eficiente, o gestor deve ter em mente cinco pilares. Conheça cada um deles:
Criar um ambiente propício ao aprendizado contínuo e ao desenvolvimento profissional pode ser a diferença entre o colaborador decidir continuar fazendo parte do seu time ou sair em busca de oportunidades que vão ao encontro das suas expectativas de evolução na carreira e lifestyle.
Desenvolver os seus colaboradores internamente tem também outros pontos positivos:
E aqui não estamos falando apenas de dinheiro: salários, bônus, comissões, benefícios, ferramentas de trabalho, modelo de trabalho, viagens e outros benefícios tangíveis (e intangíveis) que um funcionário pode esperar da realização de um trabalho.
Vale destacar aqui que os candidatos mais experientes estão olhando para todo o pacote de remuneração e não apenas para o dinheiro.
A empresa é flexível? É anywhere office? Oferece folga no dia de aniversário do colaborador? Tudo isso contribui para o EVP da organização.
De nada adianta a empresa oferecer ótimos benefícios, salários recompensadores e um plano de carreira atraente se o relacionamento entre equipes, colaboradores e líderes é tóxico. Por isso, ter foco nas pessoas e no gerenciamento emocional das equipes é fundamental.
Vale a máxima: colaborador feliz com o ambiente de trabalho, produz mais e melhor.
Este é o pilar da própria organização, ou seja, da empresa como instituição, como ela posiciona a sua marca empregadora no mercado – através da sua linguagem, de seu posicionamento e sua estratégia de mercado, que são criados com base em sua missão e valores.
É essencial que esses elementos não sejam apenas uma “placa na recepção”. Eles devem ser comunicados e estar sempre acessíveis não apenas para colaboradores, mas também para candidatos em processos seletivos e para o mercado.
A conduta da empresa, sua história, sua missão, visão e valores funcionarão como uma triagem inicial, trazendo para perto pessoas alinhadas a esses princípios, e afastando aquelas que não se identificam com o posicionamento adotado.
Através dele é possível garantir uma redução significativa nas taxas de turnover, sem contar o aumento na produtividade das equipes e na retenção de talentos.
Por fim, é extremamente importante que aconteça um match entre as atividades desempenhadas por cada colaborador e suas habilidades e pretensões profissionais. Logo, os gestores devem definir muito claramente, desde o processo seletivo, quais são as atribuições para os cargos ofertados. Isso evita desvios de função ou mal-entendidos.
É interessante avaliar regularmente se as tarefas de cada pessoa correspondem ao seu papel na empresa, ao seu perfil, às suas aspirações ou se é preciso reposicioná-las (ou, em alguns casos, dispensá-las).
Um colaborador sobrecarregado ou mal-utilizado, pode se sentir desmotivado e tentado a deixar a empresa.
Ainda acredita que investir em ações como essas citadas aqui em cima é algo supérfluo?
Segundo pesquisa divulgada pela consultoria Gartner:
Agora que você já sabe o que é o EVP, quais são os seus principais pilares e quais benefícios sua empresa desfrutará ao implantá-lo, é hora de dar o próximo passo.
Fale hoje mesmo com um especialista Neo e vamos juntos construir uma Proposta eficiente de valor para o seu negócio!
1 Comment
Cultura organizacional: como reter talentos - Neo Pessoas
4th abril 2023[…] sem falar que a cultura está entre os principais pilares da proposta de valor ao colaborador (EVP). Em outras palavras, ela é um dos grandes motivos pelos quais os melhores profissionais se […]